Escolha Racional

Considerando as restrições com que elas se deparam, as pessoas querem ser tão felizes quanto possível. Quando se trata de tomar uma decisão, seja comprar um carro ou sair de férias, elas costumam utilizar todas as informações disponíveis, considerando custos e benefícios para fazer uma escolha racional que as ajudará a alcançar a felicidade, conhecida como maximização da utilidade. Num mundo perfeito, as pessoas disporiam de todas as informações existentes acerca de cada coisa e de seu resultado, e teriam a capacidade e o tempo para avaliar cada decisão e compará-la com as outras – mas isso raramente acontece. Gary Becker, que deu uma contribuição muito importante para a escolha racional, avançou a hipótese de que racionalidade não significa a mesma coisa para todos; elas se baseiam mais propriamente, em preferências e pontos de vista individuais, sendo ainda limitada pelo tempo, pela renda, pela capacidade cognitiva e pelo acesso a informação. Isso ajuda os economistas a analisar como se tomam decisões em situação de incerteza; eles conseguem imitar o comportamento “racional” para prever como as pessoas irão agir no futuro, o que ajuda a prever tendências econômicas mais abrangentes. A escolha racional também é amplamente utilizada na política e na sociologia. Na política, reestruturou o estudo dos grupos de interesse, das eleições e da burocracia, e propõe um método para compreender o comportamento entre as nações; na sociologia (ou mais especificamente na criminologia) é utilizada para compreender por que as pessoas, cometem crimes, e, com isso tentar evita-los no futuro.

Curva de Phillips

Nascido na Nova Zelândia, o economista Bill Phillips escreveu um artigo em 1958 comparando a inflação salarial (aumento do salário nominal) e o desemprego no Reino Unido de 1861 a 1957. Ele observou que quando os salários subiam rapidamente o desemprego caía, e quando o desemprego subia os aumentos salarias diminuíam de ritmo ou até se tornavam negativos (ou seja, os salários caiam). Como os aumentos de preço eram aproximadamente 2% menores que os aumentos salariais no mesmo período, Phillips deduziu que havia uma relação entre inflação e desemprego – quando a inflação é alta, o desemprego é baixo, e vice-versa. Qual a importância disso? Isso significa que quando um governo aceita a curva de Phillips, ele pode optar. Se quiser estabilidade de preços, então terá que deixar mais gente desempregada. Se quiser que haja trabalho para todos, terá de tolerar aumentos contínuos de preço. Os governos podem tentar pôr em prática estas opções manipulando as taxas de juros. Se eles as aumentam, então mais trabalhadores ficam desempregados, se as mantém baixas, o investimento e a oferta de postos de trabalho aumentam.