Empresas feitas para Vencer – Evolução significa girar a roda.

Imagine um volante enorme e pesado – um disco maciço de metal, montado horizontalmente em um eixo, com cerca de 9 metros de diâmetro, 60 centimetros de espessura e umas 2 toneladas de peso, Agora, imagine que sua tarefa seja fazer esse volante girar sobre seu eixo, com a maior velocidade e pelo maior tempo possível

Com grande esforço, você consegue fazer o volante se deslocar um milimetro, a princípio com um movimento quase impercepitível. Você continua a fazer força e, após duas ou três horas de esforço contínuo, consegue fazer o volante completar uma volta.

Você prossegue, e o volante começa a se mover um pouquinho mais rápido; com grande esforço, sem parar, você completa uma segunda rotação. Continua a fazer força em uma só direção. Três voltas… quatro.. cinco.. seis… o volante ganha velocidade… sete…oito.. você continua… nove… dez… ele ganha ímpeto… onze…doze…move-se mais rápido a cada volta…vinte…trinta..cinquenta..cem.

Aí, em algum momento acontece a ruptura! O impulso continuamente imprimido à engenhoca trabalha a seu favor, lançando o volante para diante, volta após volta. O próprio peso imenso do volante trabalha para você. Não há mais necessidade de empurrar com mais força do que o fez na primeira volta, e o voltante gira cada vez mais rápido. Cada volta se soma ao esforço anterior e se acumula sobre seu investimento inicial de esforço. O grande e pesado disco parece voar, com um ímpeto quese impossível de deter.

Agora imagie que alguém chegasse e perguntasse: “Qual foi o grande esforço que fez essa coisa andar assim tão velozmente?”.

Você teria condições de respoder; trata-se de uma pergunta tola. Foi o primeiro esforço? O segundo? O quinto? O centésimo? Não! Foram todos eles somados, núm acumulo global de esforço, aplicado numa direção consistente. Alguns trancos talvez tenham sido mais fortes do que outros, mas cada impulso isolado – independente da intensidade – reflete pequena fração do efeito acumulativo inteiro sobre o voltante.

A imagem do voltante sintetiza a percepção global do que acontecia dentro da empresas, no processo de transição de boas para excelentes. As transformações, nas empresas “feitas para vencer”, nunca aconteceram de uma só vez, independentimente de quão impressionante fosse o resultado final. Não houve uma ação definidora isolada, nenhuma inovação arrasadora, nenhum intervalo de sorte, nenhuma revolução súbita. A transição de boa para excelente aconte num processo acumulativo – passo a passo, ação a açao, decisão por decisão, a cada giro do volante. Tudo se soma para gerar resultados duradouros e espetaculares.

Em resumo não existe milagre, não existe fórmula mágica e processo inovador. Segue citações extraídas de entrevistas das Empresas que alcançaram evolução continua.

Abbot: “Não foi uma luz ofuscante ou uma súbita revelação do além”.”Nossa mudança foi considerável – e, no entanto, em muitos aspectos, foi apenas o resultado de uma série de mudanças graduais. Foi issoo que fez a Abbot um sucesso. Fizemos de tudo de uma forma tranquila e passo a passo, e sempre houve um monte de denominadores entre aquilo que já dominávamos e as atividades nas quais estávamos iniciando.”

Gillete: “Na verdade, não tomamos grande decisão conciente de lançar um amplo programa para iniciar mudança ou transição importante. em termos individuais e coletivos, estávamos chegando a conclusões em relação ao que podíamos fazer para melhorar radicalmente nosso desempenho.”

Kimberly-Clark: “Não acho que as coisas foram feitas tão abruptamente quanto parece. Nada acontece da noite para o dia. Tudo vai crescendo. As ideias crescem, proliferam e se tornam realizadade.”

Philip Morris: “É impossível pensar em um grande item que possa exemplificar uma transição de empresa boa para empresa excelente, poruqe o nosso sucesso evolutivo, e não revolucionario, construído com uma vitoria após a outra. Não sei se houve fato isolado.”.

Com certeza, as empresas que antes eream boas e hoje são excelentes obtiveram um comprometimento e um alinhamento incríveis – gerenciaram a mundaça com maestria mas jamais consumiram muito tempo pensando nessas coisas. Era algo absolutamente transparente para elas. Aprendemos que, sob as condições certas, os problemas de comprometimento, alinhamento, motivação e mudança simplesmente se diluem. Em grande parte, eles se resolvem por sim mesmos.